Este castelo pertence à M@G@,Dominadora carioca há mais de 25 anos envolvida nesta prática BDSM

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

RECESSO DE FIM DE ANO

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A LITERATURA ERÓTICA ATRAVÉS DOS TEMPOS



Satiricon, de Petronius
Considerado como o predecessor do romance moderno, Satiricon, de Petronius, foi escrito nos primeiros anos da era cristã, durante o governo do imperador Nero.
A obra descreve as andanças de dois prostitutos na alta sociedade da época. Orgias, prostituição masculina, pederastia, incestos, homossexualidade, são alguns dos temas abordados por Petronius. Dezoito séculos depois, o romano Fellini, conterrâneo de Petrônio, faria um belo filme com essa história
.

O Decamerão, de Bocaccio
A literatura de cada época é também seu retrato, e o obscurantismo da Idade Média enterrou com ele a cultura, especialmente aquela voltada para as atividades eróticas. Apenas no fim desse período vamos encontrar novas manifestações nesse gênero. Aqui registraremos uma obra-prima do erotismo: O Decamerão, de Giovanni Bocaccio.
Nas dez histórias, como indica o título, que compõem o livro todo tipo de estripulias sexuais são narradas. Pela obra, o autor tornou-se persona non grata para o clero, uma vez que muitos dos personagens de seu livro são padres e freiras que trepam desvairadamente.

O Livro Negro do Amor, do Marquês de Sade
Bocaccio fez tanto sucesso em sua época que entrou para a História. Muitos autores seguiram seus passos e escreveram suas próprias coletâneas de histórias no gênero. Entre eles o Marquês de Sade, que publicou o seu Livro Negro do Amor, muito semelhante a O Decamerão.
Sade tornou-se um dos mais importantes autores de erotismo e sexo de todos os tempos, e seu nome virou sinônimo do erotismo bizzarro e violento. Ele passou a maior parte de sua vida na cadeia, justamente por seus hábitos estranhos, e lá, na Bastilha, a célebre prisão francesa, escreveu talvez o mais terrível livro erótico de todos os tempos: Os 120 Dias de Sodoma.

Manon Lescaut, As onze mil varas e Madame Bovary
A França, seguindo a sua tradição literária, desenvolveu obras-primas da novela erótica, como, por exemplo, Manon Lescaut, do Abade Prévost, no século XVIII, e As Onze mil Varas, de Guillaume Apollinaire, no século XIX, entre centenas de outros títulos.
Esses autores assinavam suas obras com pseudônimo, para fugirem da censura da época. As meras passagens eróticas, que hoje nos pareceriam ingênuas diatribes de adolescentes, naquele tempo causavam furor público e processos, como por exemplo o que enfrentou Gustave Flaubert com a publicação de Madame Bovary, também no século XIX.

O Amante de Lady Chaterley
A virada do século atenuou o moralismo das sociedades. Mesmo assim D. H. Lawrence, autor inglês com especial predileção pela abordagem das relações amorosas, sofreu censura por seu romance O Amante de Lady Chaterley, que descrevia os furiosos encontros eróticos da esposa de um nobre paraplégico com seu jardineiro.
As décadas de vinte e trinta foram pródigas em autores eróticos, como Anais Nin e Henry Miller, por exemplo, que foram amantes. Miller escandalizou várias gerações com suas descrições despudoradas sobre o amor.

A literatura erótica brasileira
Por aqui tivemos e temos excelentes autores de textos eróticos. Nas décadas de quarenta e cinqüenta ficaram famosos e foram perseguidos Cassandra Rios e Nelson Rodrigues, que às vezes assinava Suzana Flag. O nosso clássico érotico absoluto é A carne, de Júlio Ribeiro, que hoje não impressiona a mais ninguém que tenha assistido a algum capítulo da novela das seis.
Já a grande poeta Hilda Hirst publicou na década de 90 O Caderno Rosa de Mary Lamb, onde sua ousadia formal e conteúdo ousado mexem com a libido de qualquer um, seja moralista ou não. Recentemente, João Ubaldo Ribeiro publicou A Casa dos Budas Ditosos, que tem obtido grande sucesso, comprovando a resistência do gênero.


*TEXTOS EXTRAÍDOS DA NET

(texto publicado na lista BDSM_SP em março/2005)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A AIDS



Aids: todos contra ela
Cresce o número de mulheres vítimas da doença

Por Anna Mocellin


Embora no Brasil a epidemia de Aids seja considerada estável, ainda são grandes os números de vítimas da doença. Segundo o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2008, entre 1980 e 2007 foram registrados mais de 500 mil casos no país e 200 mil óbitos. Neste ano, em que é realizado o 20° Dia Mundial da Luta Contra a Aids, o Ministério da Saúde lança campanha com o foco em homens com mais de 50 anos e já prepara uma campanha voltada especialmente para o sexo feminino. Os números impressionam: a taxa de incidência para cada 100 mil mulheres saltou de 9,3, em 1996, para 14,2, em 2005.
Não há mais um grupo restrito de pessoas ou de mulheres que podem vir a ser contaminadas: a Aids as atinge em qualquer idade – inclusive vêm aumentando os casos de idosas portadoras da doença. Por que isso vem acontecendo? Se antes se falava em grupos de risco, como usuários de drogas injetáveis, homossexuais e profissionais do sexo, hoje não se pode ao menos definir um perfil dos portadores da doença. É o que argumenta Carmen Lent, coordenadora do
Banco de Horas, entidade de apoio a portadores de HIV/Aids no Rio de Janeiro. "Não existe mais um perfil comum às pessoas com Aids. Atualmente, sabemos que qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser infectada pelo HIV. As pessoas não-testadas, casadas ou não, não são necessariamente soronegativas, mas sim sorointerrogativas", afirma.

CONTINUA...

domingo, 30 de novembro de 2008

SHIBARI OU OS LAÇOS ERÓTICOS JAPONESES

Os japoneses desenvolveram a mais completa, ou mais racional, técnica de amarração erótica de que se tem notícia. Só que elas só se refinaram por causa do contato com o Ocidente. Na verdade, renasceram por causa dos ocidentais.


Fala-se que as origens do shibari ou kinbaku, que são os nomes pelos quais a técnica é conhecida, estão no século XVII, em reuniões na casa de um líder espiritual que gostava de ver mulheres amarradas sendo humilhadas. Outros profissionais dizem que a origem é a fusão da técnica de amarração de prisioneiros desenvolvida por samurais com a técnica ninja de utilização de cordas atadas a ganchos e machados, mais a amarração de condenados para humilhação pública e também para tortura. As palavras shibari e kinbaku têm significados diferentes, mas se tornaram, para os ocidentais, sinônimos. Shibari seria o genérico para amarração e kinbaku o específico para a técnica erótica japonesa.




Parece que o hobby floresceu mesmo na virada do século XIX para o XX e começou a se popularizar depois da Segunda Guerra Mundial, quando os japoneses tiveram contato com publicações underground ocidentais sobre sadomasoquismo e perceberam que eles detinham uma tradição que podia ser vitaminada. Fotógrafos se interessaram pela coisa, revistas passaram a publicar, e já havia profissionais especializados em shows de amarração em boates. O mais cultuado é Eikichi Osada, que morreu em 2001. Ele começou a amarrar nos anos 60 e fez muitos shows.




A idéia geral da amarração não é machucar. É prender para aumentar a sensação emocional de rendição e a sensação física de prazer. O orgasmo é explosão, o orgasmo amarrado é implosão. Deve se ter cuidado para não restringir a circulação do sangue e também não apertar determinados nervos. Se a candidata tem tendência leve que seja à claustrofobia, não deve jamais tentar ser amarrada. É bom também manter sempre à mão uma tesoura do tipo médico, com pontas redondas, para corte em caso de se perder nos nós na hora de desfazer ou haver pânico. A corda mais indicada é de fibra de maconha. Bastante vendida no Japão, na Europa e nos Estados Unidos. Ela é macia, fácil de desatar. Quem não consegue essa fibra pode tentar corda de algodão. A espessura mais recomendada é de seis milímetros. Para começar, um jogo de seis cordas de oito metros de comprimento cada é o bastante. Na internet, há tutoriais de amarração e também vídeos. É só fazer a busca pela palavra shibari.


(SIR LANCE KNOT é praticante há dez anos de amarração erótica).
Reportagem publicada n'O Globo em maio/2005

domingo, 23 de novembro de 2008

DOMINAÇÃO E CONSENTIMENTO


Há muita controvérsia no que tange aos “tipos” de relacionamento Ds e SM.

Esta variação ocorre por conta das próprias diferenças e objetivos individuais frente a uma relação dessa natureza.

Já, por várias vezes,tenho me manifestado,que prefiro masoquistas a submissos..É uma preferência minha lidar com esse tipo de escravo em vez do outro.
Considero-me mais sádica do que Dominadora por quanto não curto os apegos inerentes a uma relação Ds.
Não quer dizer,por isso,que o escravo masoquista não deva obediência e ENTREGA nos momentos em que está à minha disposição.
Mesmo sendo um “simples” CONSENTIMENTO,existe um CÓDIGO de conduta e reverência (liturgia) que deve ser observado pelo escravo(a)(submisso ou não)quando se entrega a um(a) Dominador(a),mesmo que por algumas horas.
Se o TOP é litúrgico(como no meu caso) esta estará presente em todos o tempo partilhado por ambos.
Permanecer de joelhos,prostrar-se aos pés, é o mínimo que um escravo deve fazer, nesta circunstância,pois a presença da Dominadora assim o exige.
Vejo como DOMINAÇÃO alguma coisa mais ampla do que estas posturas básicas.Vejo o comprometimento emocional e psicológico do(a) escravo(a) em relação a(o) seu(ua) Dono(a).Algo que extrapola aos momentos da sessão e que tanto o TOP quanto o(a) escravo(a) carrega em seu cotidiano particular.
O CONSENTIMENTO se restringe a momentos de POSSE e DOMINAÇÃO.
Uma verdadeira DOMINAÇÃO é mais abrangente e permite uma interferência maior na vida do(a) dominado(a).
Existe um outro lado da moeda onde,mesmo em sendo uma relação calcada,apenas, em sessões,o bottom exige alguma forma de contato que venha,para ele, caracterizar-se como DOMINAÇÃO.E o TOP tem que ter "feeling" para perceber isso.


(Castelã_SM)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"A SAGA DE UM ESCRAVO":CAPÍTULO 28

Esclarecimento:Àqueles que estão acompanhando a novela,devo esclarecer que os acontecimentos ,que se seguem,não estavam previstos.A história tomou seu rumo,sozinha.Novo destino será dado ao personagem.


A animação do churrasco entra noite adentro.O,sempre convidativo ,aroma da carne na grelha,o pãozinho de alho,bem picante,um excelente vinho(eu não gosto de cerveja) e muita conversa jogada fora,encerra esta diversão de domingo.Alinhavo mais um encontro,com Rebecca.
A segunda-feira amanhece, nublada,também,preconizando um dia cinzento e frio.O caminho,para o escritório,sempre o mesmo,com as retenções habituais.
O projeto internacional,da Irlanda,se desenvolve a todo vapor.Por conta disso,minha posição,na empresa,é de grande prestígio.Sou chamado para inúmeras reuniões,como consultor dos mais variados assuntos,afins.
Decidi comer um sanduíche,no almoço,para terminar alguns documentos importantes,objetivando um novo negócio que se avizinha.
O telefone toca:
_“Alô!”
_”Marco?”
_”Sim”
_”Rebecca”
_”Oi,minha linda.Como vai?”
_”Tudo bem.Ligando para confirmar o horário do cinema”
_”Tudo certo.Eu lhe pego às 20hs,para a sessão de 21.”
_”Ok,então.Beijos e até a noite.”
_”Beijos,menina.Tchau.”
O telefone toca,de novo.
_”Será que ela esqueceu alguma coisa?” eu penso.
_Alô!”
_”Como vai Marcilius?”
O som, desta voz, me acelera o coração e meus pêlos se arrepiam.
_”Tudo bem,Senhora.”respondo,rápido.
_”Gostou do presente?” referindo-se às algemas.
_”Sim,Senhora.Gostei muito”
_”Elas estão aí,com você?”
_”Não,Senhora.Deixei-as em casa.”
Pressinto que, alguma coisa, não vai sair certo.
_”Verme, burro e incompetente, é você!”
Eu sabia.Já esperava alguma coisa assim.
_”As algemas prendem você a mim.SEMPRE!” enfatizou esta última palavra.
_”Quero que esteja SEMPRE COM ELAS.”
Embora a voz continue baixa, a entonação faz com que pareçam gritos, em meus ouvidos.
_”Desculpe,Senhora.Elas vieram sem nenhuma orientação.”
_”Ahhhhhhhhhh...está bem...Vou providenciar uma BULA para que saiba usar os acessórios que eu lhe envio.”E solta uma estridente gargalhada. Amanhã, providencie tempo,para mim.Quero estar com você às 14 horas."
O telefone fica mudo.
O restante da tarde, me consome em documentos e reunião.
Ao voltar p´ra casa ,pelo rádio ,tomo conhecimento de um acidente envolvendo ônibus e automóvel.Segundo as notícias,neste último,ninguém sobreviveu.
Meu ritual de relaxamento,após trabalho,está completo.Meu banho morno,na banheira,meus sais,meu drinque.Espicho-me no sofá,fazendo hora para me aprontar e pegar Rebecca.
O filme brasileiro,Os Desafinados,despretensioso,mas alegre,nos remete a uma época quase ingênua,de propostas pessoais renovadoras, tolhidas por um aparato político/policial desumano e cruel.A trilha sonora,relaxante e retrô.
Após o cinema,vamos ao apartamento de Rebecca.
É um aconchegante e bem mobiliado lugar.Sóbrio,até,para ser a moradia de uma mulher.Eu o imaginava mais colorido,sei lá.
“Quer beber alguma coisa?”ela pergunta
“Tem vinho? É a minha bebida preferida,rs”
“Tem um branco seco gelado”é a opção que ela me oferece.
“Excelente,p´ra mim.”
Ela toma de duas taças e serve o líquido transparente e saboroso,para ambos.
Ela coloca um CD com músicas da época do filme.
O jantar,previamente preparado,é servido em poucos minutos.
Arroz com ervas,legumes ao vapor e filé de linguado, ao molho de maracujá,
Sorvete de pistache e calda de chocolate,como sobremesa.



Ao final,um cafezinho.Este tomado,na sala,aconchegados, num sofá.
Não me atrevo a regalias maiores das que me são oferecidas,afinal é a primeira vez que venho aqui.
Apenas,nos mantemos abraçados.
Silenciosos.
Eu decido que já é hora de ir embora e me levanto.
Ela se aproxima de mim e diz:
“Já?”
Sinto um convite implícito àquela pergunta e decido beijá-la.
Sou correspondido,intensamente.
Carícias mais ousadas se seguem e,aos poucos,nos encaminhamos para o quarto.
Entregamo-nos aos braços de Bacante.


Exaustos, usufruímos de um relaxante banho.
Chega a hora de despedir-me.
Ela me leva à saída,abraçados, e saio,de volta p´ra casa,na madrugada,ainda nublada e fria.
Na manhã seguinte,no escritório,lembro da ordem de Sarita.

“Às 14 horas quero você livre,p´ra mim”.
Apresso meus compromissos e decisões.Assino inúmeros documentos,contando liberar-me, à hora marcada.
Minha secretária tem,por hábito,comprar os principais jornais,todas as manhãs.
Se necessito alguma notícia, importante,tenho-a, sempre à mão.
Ouço o comentário que ela faz, com o contador da empresa,ao pedir-lhe um capuccino.
“Que horror,Cenésio.Neste acidente não sobrou ninguém.O pior foi o engarrafamento que enfrentei para pegar a linha amarela,ontem”.
Ao receber a xícara,eu pergunto:
“Chegou tarde em casa,é?”
“Sim,Senhor Marco,um acidente aconteceu ontem e provocou o maior engarrafamento.Custaram a retirar carros e vítimas.”
E trouxe o jornal para que eu lesse sobre o ocorrido.
Na primeira página,um ROSTO.

“O senhor está bem,Senhor Marco? Porque está pálido? Quer que eu lhe traga água ou outra coisa qualquer?”se agita minha aflita secretária.
O choque é visível e incontrolável.
O rosto de Sarita está ali,entre as vítimas do acidente. Ao lado dela,Ernst e outra pessoa que não conheço.
Não procuro saber o verdadeiro nome dela.Na minha mente martela apenas uma coisa.NÃO A VEREI MAIS.

(continua)

sábado, 8 de novembro de 2008

RITUAL DE ENCOLEIRAMENTO (ELEMENTOS)

Para o "ritual de encoleiramento" não existe,necessariamente, um "modelo".
A única coisa a considerar é que o ritual deixa,no subconsciente,sinal indelével.
Estão colocados aqui, alguns dos "elementos simbólicos" que poderão estar presentes neste ritual.Cada um possui seu significado específico e particular.
O TOP irá escolher a forma como utilizá-los.


CÍRCULO - linha sem início ou final.Significa o melhor meio de preservar e conter o espaço de energia.É transformado, neste ritual, no templo de proteção e poder;


VELAS - além de proporcionar uma luminosidade "misteriosa" ao ambiente,irão representar a clareza dos sentimentos envolvidos ali.Elas atraem coragem para vencer desafios.
Cor:

Rosa - (simboliza raízes de um relacionamento)
Violeta - (simboliza mudança/transformação)
Vermelha (simboliza energia/poder);


INCENSOS - são aliados nos momentos de sexualidade e prazer.Preparam o ambiente c/ harmonia.Sândalo,almíscar e canela são os aromas afrodisíacos;


FLORES - as rosas vermelhas simbolizam paixão.Orquídeas simbolizam luxúria;


MÚSICA – Cada um escolhe ao seu próprio gosto.Como sugestões: Solaris,Clannad,Enya,gregorianos;


BANHO - a ser tomado pelo "bottom".Usa-se a título de preparação para o ritual.Chá (feito em casa) de camomila e algumas gotas de essência de patchuli ou jasmim(ou qq outra representativa para o TOP);


BEBIDA - a ser consumida por ambos.Significa beber à mesma fonte( no caso o prazer).Chá de lâminas de maçã ou casca de laranja, paus de canela e algumas gotas de baunilha(!!! é afrodisíaca!!!);


ROUPAS - podem ser os mesmos trajes adequados aos TOPs e túnica de algodão cru,sem adereços,para os bottoms.


Estão listados aqui,os elementos.
Cada TOP escolhe aqueles de sua preferência.

Vale lembrar que o ritual deverá ter uma MARCA PESSOAL, específica do TOP.aquele elemento que o caracteriza e que não deverá ser passado adiante,a nível de informação.Este será o elemento de POSSE.Quanto às palavras,estas ficarão por conta da emoção,da imaginação e do tesão do momento.

Há modelos de JURAMENTO que poderão ser adaptados para cada casal.

(Castelã_SM)



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O KAMA SUTRA

Kamasutram (em sânscrito),conhecido no mundo ocidental como Kama Sutra, é um antigo texto indiano sobre o comportamento conjugal, amplamente considerado o trabalho definitivo sobre amor, na literatura sânscrita. Seus ensinamentos, embora conduzam ao prazer, visam, em primeiro lugar, à elevação espiritual do homem, em sua trajetória religiosa.
Foi escrito por Vatsyayana, como um breve resumo dos vários trabalhos anteriores que pertencia a uma tradição conhecida genericamente como Kama Shatra.
Kama é a literatura do desejo,significa amor,prazer,satisfação.Sutra foi um termo padrão para um texto técnico.O livro recebeu o nome original de Vatsyayana Kamasutram ( "Aforismos sobre o amor, de Vatsyayana"). A tradição diz que o autor,nascido no início do século IV, foi celibatário e viveu em Pataliputra, um importante centro de aprendizagem. Se isso for correto Vatsyayana viveu durante o ápice da Dinastia Gupta, período conhecido pelas grandes contribuições para a literatura Sânscrita e para cultura Védica.


Os três sustentáculos da religião hindu são Kama, Dharma e Artha. Dharma é o mérito religioso e Artha a aquisição de riquezas e bens.
Os hindus acreditavam que aquele que praticar Dharma, Artha e Kama, sem se tornar escravo das paixões, conseguirá êxito em todos os seus empreendimentos. Em outras palavras, deve-se desfrutar as riquezas e os prazeres sexuais sem jamais perder a virtude religiosa.
O Kama Sutra era destinado aos homens, pois as mulheres na época eram submissas demais, mas isto não quer dizer que ele ignora as necessidades femininas.
“Em resumo, a pessoa sagaz e prudente, que leva em conta Dharma, Artha e Kama, sem se tomar escrava de suas paixões, é bem-sucedida cm todos os seus empreendimentos.”







ENSINAMENTOS BÁSICOS:


- A preparação deve ser cuidadosa e devidamente planejada;
- A higiene pessoal é uma exigência;
- O uso de perfumes é recomendável;
- A iluminação deve ser branda;
- Uma música romântica cria um clima especial;
- Uma taça de vinho torna o momento inesquecível.



- Explore as zonas erógenas: seios, pescoço, pés, nádegas,etc.;
- Faça massagem utilizando óleos ou loções perfumadas;
- Faça carícias utilizando movimentos circulares e suaves com a ponta dos dedos;
- Acaricie os cabelos e beije o pescoço;
- Prolongue e valorize ao máximo o momento.
- Lembre-se que a mulher é sensitiva e auditiva;
- Sussurre palavras de amor e paixão ao seu ouvido;
- Acaricie a parceira e beije suavemente todo o seu corpo;



- A mulher adora ser beijada. Beije-a ardentemente;
- O homem é visual. Ele sente prazer em ver;
- A mulher deve usar roupas sensuais e provocantes;
- O segredo é usar a imaginação, criatividade e espontaneidade;
- Todas as posições são admissíveis. Imite as posições dos animais;
- A mulher sente-se excitada ao perceber que está dando prazer ao parceiro;
- Desperte o prazer na parceira sem esquecer de si mesmo;
- O Kama Sutra declara que é dever do homem satisfazer sua parceira.



O Kama Sutra é hoje o mais conhecido livro do amor. Embora seja um livro sobre sexo , é preciso considerar que o livro enfatiza a arte e os modos que uma pessoa deve praticar o sexo, envolvendo todos os cinco sentidos: audição, tato, visão, paladar e olfato, além da mente e da alma.

(Fonte:textos da Internet/Ilustrações:Kama Sutra)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

CROSSDRESSER E OUTRAS DEFINIÇÕES


O Longman – Dictionary of Contemporary English aparece a seguinte definição:

"CROSSDRESSING - The practice of wearing the clothes of the opposite Sex, especially for sexual pleasure ( A pratica de usar as roupas do sexo oposto, especialmente para prazer sexual)."

Quando, por volta de 1997 vim a conhecer o termo, termo esse mais difundido fora do País, percebi que os conceitos passados, nas diversas paginas que visitei, acabam sendo divergentes.

Cada pessoa tende a interpretar o termo da forma que melhor lhe convém e por conseqüência acaba gerando "n" definições.

Pelo que é definido acima, qualquer pessoa, que utilize uma roupa do sexo oposto e por essa utilização consiga obter o prazer sexual seria considerado um CD, assim sendo, falemos sobre o Crossdresser masculino, a ereção obtida pela utilização de uma roupa feminina é um sinal claro da tendência ao CROSSDRESSING.

Já, se uma Crossdresser feminina, não obter o prazer sexual pela utilização de roupas masculinas, já que ela pode muito bem estar usando roupas masculinas no seu dia a dia sem ser questionada ( Moda ), então ela não pode ser considerada uma Crossdresser.

O que não fica claro, nessa definição dada é qual a forma de utilização das roupas no contexto geral da definição.

Nas definições de Crossdresser, dadas em inúmeras HP’s não é citado em nenhum momento o "prazer sexual" com motivo da transformação, fala-se muito em alma feminina, em sentimentos femininos, etc..., mas ninguém, nem eu, na verdade consegue definir o termo em sua totalidade.

Tentamos adaptar as definições e assim vamos, ao mesmo tempo, criando outras.

Seriamos nós TRAVESTIS???

Novamente nos encontramos em uma encruzilhada levada pelas definições dadas.

O Dicionário Aurélio Travestis define o travesti como : "Disfarce ao Trajar, Pessoa que geralmente, em espetáculos teatrais, se veste com roupas do sexo oposto".

Bem, para os CD's, não é um disfarce e nem participamos de espetáculos teatrais então por essa definição também não somos travestis.

Na linguagem popular, travesti é hoje sinônimo de prostituição, então para separar as coisas, criou-se o termo "TRANSFORMISTAS" , que seriam os atores que se apresentam travestidos.

Dentro dessa sopa de letrinhas, sejam termos ou abreviações podemos citar algumas que, alem de serem as mais conhecidas estão no vocabulário popular.

TV – Travesti

TS – Transexual

TG – Transgender

TF – Transformista

DQ – Drag Queen

CD – Crossdresser

Vamos tentar dar uma definição para cada um dos termos acima:

TV – TRAVESTI * Pessoa do sexo masculino que através de hormonizações, cirurgias plásticas, transforma a forma masculina de seu corpo em uma forma feminina. Termo marginalizado, utilizado pejorativamente para caracterizar prostituição.

TS e TG -TRANSEXUAL/TRASGENDER * Pessoa com características físicas de um gênero sexual e psicologicamente com características de outro. Através de tratamentos psicológicos, hormonais e cirúrgicos tende a adequar suas características físicas às psicológicas.

TF e DQ – TRANSFORMISTA E DRAG QUEEN *Termo mais usado ao se tratar com pessoas ligadas a arte, que utilizam da caracterização física do sexo oposto em espetáculos. A Diferença principal entre os dois termos seria que o transformista tenta a dar uma forma mais caracterizada e a Drag algo mais caricato.


CD – CROSSDRESSER – Pessoa que se veste com roupas do sexo oposto ( Homem que se veste de mulher sem ser travesti, transformista, transexual, Transgender ou Drag Queen), para que????Como separar as fronteiras de cada termo??? E até onde podemos dizer que a separação é correta??? De que forma é que nos enquadramos? ?? Seria esses termos uma escala evolutiva??? Onde cada abreviação é um degrau a ser atingido???Levando em conta pontos e parâmetros, o Crossdresser seria a base inicial, para o transexualismo, os primeiros passos a serem dados.O Crossdresser, também, é um pouco de fetichismo, ( a obtenção do prazer sexual através de objetos, ou a atração sexual a determinado objeto, nesse caso seria as indumentárias femininas).Em termos psicológicos o Crossdresser pode ser considerado uma fuga, desvio ou transferência.Por mais que se vá ao fundo do assunto não será possível definir em seu todo o que é ser CD, cada pessoa tem uma forma de interpretar o assunto e quanto mais se for aprofundado, mais caminhos se abrirão e mais duvidas e conceitos, serão apresentados, muitos concordarão em parte, mas ninguém concordará em sua totalidade e novas definições serão dadas.Um dos pontos dentro do CDsing que gera uma grande polemica é quanto a sexualidade, o CROSSDRESSING tem ou não conotação sexual??? Muitos dirão que não e outros que sim. Havendo conotação sexual, essa conotação sexual seria tendência ao bi ou homossexualismo? ?? Mais uma pergunta que gerará discussões mas que não deve ser deixada no ostracismo.Quais seriam alguns pontos referenciais que tornariam possível identificar que o Crossdresser é na realidade outra coisa:

CD x Fetichismo:
A fixação por um único tipo ou derivação de uma indumentária .
A utilização de uma roupa para a excitação, terminando em masturbação, sendo que ao termino, não há a necessidade da permanência da roupa. A roupa é utilizada exclusivamente como meio.

CD x transferência:
A fixação por uma pessoa impossível de se aproximar, forçando a criação de um personagem idêntico a ela.
A busca por qualidades não encontradas nos parceiros faz com que assuma-se as mesmas, gerando uma transferência de seus anseios para uma segunda personalidade. Com o tempo existe a necessidade de dar forma física a esse personagem.
O gosto de ver uma pessoa usando determinado tipo de roupas, e na negativa por parte dela, por vezes gera também essa transferência, havendo graus diferenciados. O Homem que escolhe e compra as roupas que a mulher vai usar está gerando uma transferência, sem haver a necessidade de utilização das mesmas.

CD x Fuga:
A negação da responsabilidade assumida.
O desejo de submissão e dependência.
Ao se travestir-se, assumisse uma postura feminina que, numa sociedade machista, é sinal de submissão e dependência financeira e emocional, por vezes.
A responsabilidade de suprir a necessidade da família é do homem, normalmente, gerando um clima de estresse emocional, ao assumir a personalidade feminina ele foge dessa responsabilidade, mesmo que seja por poucos minutos. A Mulher quando assume a subvenção da família, assume o papel imposto pela sociedade de manutentora das posturas que deveriam ser masculinas, assim pode vir a gerir um reflexo de um pseudo Crossdresser Masculino. Como, não é incomum encontrar mulheres que usam roupas masculinas, ou cortes de cabelos ou, não utilizam maquiagem, não há a necessidade de uma caracterização mais abrupta para se assumirem como CD's.A principal controvérsia sobre o Crossdresser é gerada na transformação Homem / Mulher, uma pela caracterização e transformação mais detalhada e pela própria negativa dada pela sociedade machista. Uma mulher usando uma calça ou camisa masculina será sempre uma mulher, aos olhos dos outros, já o homem usando uma calça ou blusa feminina será taxado pejorativamente. Assim sendo o Crossdresser masculino tem uma faceta maior a ser explorada que o Crossdresser Feminino.Um ponto que gera profunda confusão é o que aborda desejos sexuais gerados pela transformação Masculino / Feminino ou vice versa.

Alguns CD's, assumem completamente a postura feminina que quando estão "montados" tem desejos ou fantasias de se relacionarem sexualmente com Homens. Para alguns, "não há maior manifestação de Heterosexualidade do que essa", já que em seu âmago são, naquele momento, verdadeiras mulheres. Quando se desmontam, tais vontades voltam a morar na parte mais profunda de seu ser. Alguns, até alegam que sem estarem "transformados" teriam aversão a um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo. Essa postura é uma negativa a sua homo ou bissexualidade, negativa por falta de coragem de assumi-la ou por padrões impostos pela sociedade. Esses preferem tratar sua personalidade feminina com uma pessoa a parte, como se ela tivesse vida e consciência própria, completamente independente da sua personalidade predominante, a masculina. Com o tempo, existe o risco da personalidade feminina ir se tornando mais preponderante, pois em seu inconsciente ela se torna mais prazerosa.Querer dividir-se em duas personalidade é querer negar para si o que se é, é necessário saber conviver com as duas facetas ( Masculinas/Feminina s ) que existe, apenas tendo ciência de saber até onde se quer chegar.Ser Crossdresser, ou dizer, é mais fácil do que definir, isso é claro. Com o tempo seremos capazes de descobrir se "quem nasceu primeiro foi o ovo ou a galinha" do que catalogar 100 % as definições do "CROSSDRESSER" .

(Maite Schneider/15/01/07)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

VISITANTE ILUSTRE


TOLERÂNCIA PARA O AMOR

O escritor José Saramago foi quem melhor soube sintetizar seu sentimento: "Cheguei até aqui". Com esta simples frase, ele demonstrou qual era seu limite de tolerância. Não iria adiante.
Todos nós temos um limite de tolerância em relação a tudo.Mas nas questões amorosas este limite tende a se esticar em função das nossas carências, das nossas fantasias, da nossa esperança de que, da próxima vez, as coisas irão dar certo.Mas não dão. E não dão de novo.


Até onde você pode chegar?


Você teve uma relação terminada, sofreu muito, mas até hoje o cara segue seduzindo você.Você não dá a mínima, até que um dia cede, mas aí ele é que não corresponde. Você volta a ficar na sua, ele volta a seduzí-la, você resiste, resiste, resiste, até que um dia você cede de novo, marca um encontro, e ele cancela.E assim passam-se meses, anos, numa situação absurda: ele atrás de você, e quando você diz sim, ele cai fora.


Se você não consegue dar um basta nisso, é porque você ainda tem tolerância pra gastar.


Ela lhe telefona e você larga tudo para vê-la, mas no dia seguinte ela volta pro namorado.


O sexo é ótimo entre vocês, mas quando não estão na cama, vocês não conseguem trocar meia-dúzia de frases sem brigar.


Vocês adoram os mesmos filmes, os mesmos programas, são apaixonados um pelo outro, mas sexualmente há uma falta de atração total.


Você se sente infeliz, mas não tem coragem de começar vida nova.


Você se arrependeu de deixá-la, mas seu orgulho impede de pedir pra voltar.


Até onde podemos ir?


Até o limite do suportável.


Um belo dia, depois de inúmeras repetições do mesmo erro, a gente desiste.


Com tristeza pela perda, mas com alegria pela descoberta, diz pra si mesmo: "cheguei até aqui".


E, então, a vida muda.




(Martha Medeiros)


P.S.: Este texto pode ser adaptado para frustrantes relações BDSM

sábado, 18 de outubro de 2008

A TATUAGEM:tão antiga quanto a própria humanidade

"Uma tatuagem (...) é um amuleto permanente, uma jóia viva que não pode ser retirada", escreve Michel Tournier (romancista francês), citado no dicionário "Le Petit Robert". Não há limites para a imaginação na sua elaboração. Com os seus desenhos, que podem representar variantes infinitas, a tatuagem tornou-se mais do que uma moda."A tatuagem está no ar do nosso tempo. Ela corresponde a uma escalada no incremento da aparência, e se desenvolve paralelamente à transformação do corpo em mercadoria", analisa David Le Breton, um professor de sociologia na universidade Marc Bloch de Estrasburgo (nordeste).Para os pesquisadores, esta empolgação pela tatuagem, que surgiu durante os anos 70, e conheceu uma forte amplificação vinte anos mais tarde, nada tem a ver com as práticas anteriores ou exóticas. Essas marcas sobre a pele eram, até então, sinais utilizados, por um indivíduo, para afirmar que ele pertencia a um grupo: religioso entre as populações maoris (Nova Zelândia, Ilhas Cook), de piratas, de antigos presidiários ou de legionários."Para as gerações as mais novas, o gosto pelo piercing ou a tatuagem constitui uma mistura ambígua de reivindicação de originalidade e de submissão às atitudes conformes de uma classe de idade", prossegue David Le Breton.

Esses "adereços cutâneos" correspondem a uma vontade de embelezar o corpo. "É uma espécie de vestimenta que não é retirada. A ela, misturam-se a sedução, a provocação, a parte de estima por si mesmo e o sinal de uma vinculação social", comenta Jean-Luc Sudres, um psicólogo, mestre de conferências na universidade Toulouse-Le Mirail (sudoeste).Todas essas motivações, conscientes ou não, explicam a variedade dos temas e a escolha do momento na decisão da pessoa de se fazer tatuar. Entretanto, não existe nenhum código específico. Para os adolescentes, a tatuagem, não raro, é vivenciada como um rito de passagem, uma apropriação do seu corpo. Quanto ao local escolhido para o desenho (um pouco acima das nádegas, em volta do tornozelo, no ombro), ele é ao menos significativo da vontade de discrição e de intimidade que a pessoa quer lhe atribuir.Nem todos são iguais perante a tatuagem, a qual sobressai melhor nas peles claras, enquanto as peles escuras preferem as escarificações (pequenas incisões para criar motivos em relevo). "As pessoas que se fazem tatuar não parecem estar preocupadas com o que acontecerá com o passar do tempo, com o envelhecimento da pele. Aliás, não existe nenhuma pesquisa sobre esta questão", comenta Jean-Luc Sudres.

A tatuagem apresenta duas especificidades: a sua aplicação é mais ou menos dolorida, e ela é indelével, exceto se a pessoa resolve se submeter a uma cirurgia com laser, algo que é preferível fazer sob a orientação de um médico. A escolha do "suporte" tem um caráter muito peculiar. "Os psicanalistas detectaram que a pele exerce um papel muito particular na psique. Para Freud, tratar-se-ia de uma projeção do ego. Além disso, os pesquisadores que trabalharam na teoria do apego estabelecem uma relação entre a pele e a relação entre mãe e filho", comenta Nicole Péricone.Esta psiquiatra infantil e psicanalista, que constata um desenvolvimento das patologias narcísicas, acrescenta: "Talvez isso corresponda também ao fato de que a palavra perdeu seu lugar preponderante no campo da comunicação. Quando as pessoas optam por se fazer gravar um desenho na pele, é porque elas precisam complementar alguma coisa para então aceder ao outro".

(Françoise Chirot/tradução: Jean-Yves de Neufville)
Fonte:Internet
EM BDSM? COMO USÁ-LA?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

VISITANTE ILUSTRE




SEXO É FEIO?

Gostaria muito de saber o que há de feio num caralho
se é ele que nos faz aventura e sonho
gostaria igualmente saber por que se faz raso poço
o sonho da buceta ter seu pássaro alado, passaralho
já que todos somos frutos das estrelas


Por que tornar lodo o que é nossa herança de sangue e sal?
Por que tornar pequena a foda deslumbrante?
Por que não dar nome às coisas se cada coisa pertence a um nome
e soy ser o nome o malho pelo qual se transforma o pó em estátua (que depois vai para o museu)
e arranca suspiros das madames


O que faz determinar o bom gosto
o bom tom
a arte e a vulgaridade?
Amor é sacanagem


Corpo e pensamento


Bilau na perseguida
afoita perereca num rio de águas altas
tua porra salta na minha perna
e isso deveria ser bonito


Por que não é?


Me falta poesia ou te falta generosidade e maresia
para te transportarem em outras águas?
Falto eu ou falta você?
O que te cega se na minha perna você se esfrega
quando fica com tesão?


O que é poesia?


O contrário do simples relato?
Pois eu só faço poesia
porque jamais me atrelo a fatos


Que culpa tenho eu
da mesquinharia humana?


Eu sou poeta
muito antes de ser mulher
peço respeito ao meu estado
sempre grávida de luza lua
grande banquete em plena rua


(Cynthia Dorneles)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DIA DO PROFESSOR

PARA QUEM TEM ESTE FETICHE


terça-feira, 14 de outubro de 2008

OLFATOFILIA ( Fetiche por cheiro)

Alguns fetiches tem, em seus odores, fortes atrativos( podolatria em odores dos pés,atração por lactantes e etc...).
Como funciona essa atração por cheiros de diferentes procedências?
O poder do cheiro é indiscutível.Humanos são influenciados porsubstâncias químicas presentes no ar, denominadas feromônios...
É a comunicação pelo cheiro.
Os cientistas descobriram que homens e mulheres se comunicam através de perfumes pessoais produzidos pelas glândulas apócrinas, denominados feromônios. Trocando em miúdos, essa substância entra em ação sempre que você reage à presença feminina, na tentativa de atraí-la, como um convite silencioso transmitido através da pele...

O segredo da sedução pode estar no cheiro.
Após décadas de especulação, controvérsias e falsas indicações, cientistas da Universidade de Chicago (EUA) anunciaram ter provado a existência de feromônios humanos.As pessoas emanam potentes sinais químicos que podem ter efeitos profundos nas outras pessoas...
Os feromônios enviam sinais aromáticos subconscientes ao sexo oposto que naturalmente ativam sentimentos de atração.
Infelizmente, devido à evolução, nossos corpos e hábitos mudaram.
A maioria dos homens não produz naturalmente feromônios na quantidade suficiente para estimular a resposta do sexo feminino. A pequena quantidade de feromônios produzida por nosso corpo é sempre destruida por desodorantes,sabonetes e perfumes. Sem contar que o corpo, durante a maior parte do tempo,passa 80% coberto de roupa, o que impede ainda mais que o pouco feromônio produzido seja aproveitado.

Pesquisadores afirmaram que os odores masculinos são capazes de manter a saúde feminina, especialmente no que diz respeito ao sistema reprodutor. Eles descobriram que as mulheres que têm relações sexuais com homens pelo menos uma vez por semana, mostram maior probabilidade de ter ciclos menstruais normais, menor probabilidade de ter problemas de infertilidade e menopausa mais branda que as que se conservam celibatárias ou têm relações raras ou esporádicas."Se determinarmos como os feromônios influenciam o humor e a resposta endocrínica, podemos fabricar moléculas que manipulem os efeitos observados", disse Wysocki.
Os feromônios ou feromonas são substâncias químicas que, captadas por animais de uma mesma espécie (intra-específica), permitem o reconhecimento mútuo e sexual dos indivíduos. Os feromônios excretados são capazes de suscitar reações específicas de tipo fisiológico e/ou comportamental em outros membros que estejam num determinado raio do espaço físico ocupado pelo excretor. Existem vários tipos de feromônio, como os feromônios sexuais, de agregação, de alarme, entre outros.
A palavra feromônio foi cunhada pelos cientistas Peter Karlson e Adolf Butenandt, por volta de 1959, a partir do grego antigo ϕέρω (féro) "transportar" e ὁρμῶν (órmon), particípio presente de ὁρμάω (órmao) "excitar". Portanto, o termo já indica que se trata de substâncias que provocam excitação ou estímulo.

(Texto adaptado/Fonte:Internet)


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

UM CONTO DE PODOLATRIA


O aniversário de minha mãe seria na semana seguinte. Apesar de muitos dos preparativos já estarem adiantados, algumas providências ainda estavam, por tomar.
Andando de um lado para outro,cheia de sacolas e pacotes, finalmente cheguei ao estacionamento do shopping a fim de voltar p´ra casa e descansar.
Entrei no estacionamento espremida entre embrulhos e carros enfileirados. Abri a mala do meu e despejei tudo aliviada.
Senti fome.A correria fizera com que esquecesse de almoçar e meu estômago dava sinais de aborrecimento.Decidi voltar à Praça de Alimentação e comer alguma coisa.Contornei uma rampa e desci por uma escada lateral que desembocava num jardim suspenso.Sentei num banco próximo.Meus pés estavam cansados e doloridos tirei as sandálias passando a refrescá-los na grama úmida.
Senti,mais do que vi,um espocar de um “flash”.Olhei em torno,meio assustada,e me deparei com um rapaz e sua máquina fotográfica.
_ Assustei-a? perguntou através de um largo sorriso.
_ Um pouco...respondi, meio sem jeito...por que da foto? Perguntei de imediato.
_ Ahhhh...não perco uma oportunidade de fotografar lindos pés...Amo esta parte da anatomia feminina.E os seus,envoltos pela grama, me proporcionaram um lindo espetáculo...retornou sorrindo.
_ Estou cansada...meus pés estão doloridos_ falei à guisa de explicação.
_ Posso me oferecer para massageá-los?
Sentou-se ao meu lado e,sem esperar resposta,levou meus pés ao colo e iniciou-se um ritual delicioso de idas e vindas daquelas mãos nos meus pés.
Estávamos meio que escondidos atrás de alguns arbustos altos ,os passantes não conseguiriam nos ver.
Senti seu perfume de carvalho e observei que tinha lindas e habilidosas mãos.
Elas desciam pelas solas e giravam no calcanhar sempre alternando leves pressões.
Os dedinhos eram suavemente esticados e girados.
Estava extremamente relaxante e agradável.
Sem que eu me desse conta levou meus pés aos lábios.A língua quente e molhada invadiu os espaços entre os dedos ,desceu e subiu pelas solas infinitas vezes,chupou sofregamente meus dedos,mordiscou o calcanhar e a planta.Estes movimentos, de
vai e vem, quase que simulavam um coito.Meu cérebro esvaziou-se, perdi a noção do tempo.Eu era apenas sensações,tudo em mim latejava.
Meu orgasmo,absolutamente inesperado, aconteceu.
Ele deu um suspiro profundo e parou.
Levantou-se e disse:
_ Creio que seus pezinhos já estão reconfortados,não é?
_ Sim...claro...gaguejei.
Ele tirou mais algumas fotos dos meus pés e foi embora.
Saí dali com as penas bambas e surpreendida com tantas sensações novas.
Nunca mais o encontrei, mas esses deliciosos momentos não foram esquecidos e costumo recordá-los com prazer renovado.

(Castelã_SM)




terça-feira, 7 de outubro de 2008

VISITANTE ILUSTRE

UM FOTÓGRAFO


Nascido em 4/11/46, Robert foi o terceiro filho de uma família pobre dos subúrbios de Nova Iorque. Estudou arte no Pratt Institute do Brooklyn e suas primeiras fotografias foram feitas na década de 70 com uma polaroid.
Ele queria ser, na verdade, um artista plástico e encontrou na fotografia a maneira perfeita para expressar suas inquietações artísticas.
A partir dos anos 80 o fotógrafo passa a refinar seu trabalho a nível técnico e estético, produzindo imagens explorando o nu artístico sob uma ótica clássica e composição purista, still life de flores e portrait de personalidades do meio artístico e cultural.
São desta fase algumas de suas fotos mais marcantes de homossexuais em rituais sadomasoquistas.
Suas fotografias de composições clássicas e sofisticadas, suas naturezas mortas refinadas e suas imagens da sexualidade explícita do universo sadomasoquista, despertaram tanto a idolatria quanto a fúria da sociedade norte-americana.
Mapplethorpe morreu,aos 42 anos, em 1989, vítima de uma infecção pelo vírus da aids.










Após sua morte, Mapplethorpe teve seu último livro cassado, proibído, retirado de bibliotecas e centros culturais, criando uma das maiores e mais recentes controvérsias sobre a liberdade de expressão nos EUA.
(fonte:Internet)





















sábado, 4 de outubro de 2008

ENTREVISTA


*Entrevista - Senhora Maga*



Ao adentrar pelo castelo, mesmo sabendo que todas as fortalezas têm seus perigos escondidos na falsa sensação de segurança que tentam passar, pude perceber que não faltavam avisos.
Mas insisti.
Algo de novo surgiria, e assim o fiz.
Entrar significava não sair mais. Quase como um feitiço que nos é lançado, e que mesmo unindo todos os nossos esforços, não poderíamos nos livrar.
Um lugar intimidante, sombrio – fui alertada, mas pude concluir que contrastava com a calma apaziguadora e beleza singela da Senhora Maga, a Rainha absoluta daquelas terras.
Nem de longe qualquer pista de como se chegar. Nessa morada imponente, bem alicerçada, eu humildemente destacaria um cômodo, um só, entre tantos: o jardim.
Frutos de uma beleza inexprimível o habitam. Sem distinção de idade, cor, número, forma ou preferência, todos os dias são regados metodicamente pela Rainha.
O que estaria por trás de uma colheita tão farta e diversa?
Senhora Maga sorri
– Existiria algum segredo?
No BDSM todos são parte de um todo.
E, neste castelo, ninguém tem vergonha de aparecer, de mostrar o quão profundo se é. Sem início, meio ou fim.
E deveria?
>>> ELA
Seu blog é um ambiente muito poetizado e literário. Quais suas influências na Literatura. O que ler? Para que escrever?
Sou escritora. Escrever é uma diversão, um prazer, uma realização. Escrevo contos e poesias sobre qualquer tema, incluindo, aí, o BDSM.


Na íntegra, neste endereço:

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

REALIZAÇÃO


Tu chegas...

com tua volúpia sem vergonha,
olhar “pidão” de tortura bisonha...
Requebras acintoso tuas ancas ,
em busca de carinho atrevido e ousado...
Exibes tua evolução ...que,descarado,
Sabes bem...me seduz e encanta...

Voraz,tua boca chega aos meus pés,
Ávida língua lava meus dedos,
Aguardas o afago de um tabefe ,ao invés,
De carinhos que possam espantar teus medos...
Minhas mãos percorrem teus poros ofegantes..
O calor do toque manifesta-se gigante...
Estás pronto p´ro roteiro de meu deleite atroz...
Realizo,em ti, minhas fantasias de algoz...


(Castelã_SM)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

MULHERES MADURAS


O tempo passa e as mulheres maduras continuam me encantando.
Aliás, o encantamento é cada vez maior. Essa coisa de menininha bonitinha é para quem tem energia demais para desperdiçar.
Prefiro o manejo racional de recursos. Mais do isso, já estou na fase de pensar na preservação das minhas espécies em extinção.
Não sou a Mata Atlântica, e já não tenho aquela lenha toda.
Depois de uma certa idade, a gente deixa de lado o interesse superficial.
Beleza continua sendo fundamental. Mas precisa ter aquele olhar da experiência, da loba. Precisa ter conteúdo. E isso só o tempo traz. É por essas e por outras que sou mais a Ana Maria Braga do que a Daniella Cicarelli.
Eu sei, eu sei. Muitos dos meus amigos vão dizer que só falo isso porque estou longe das duas.
Porque, se pudesse escolher, eu preferiria a VJ modeladinha à apresentadora global. Pois eu reafirmo a escolha.
Na emergência, é a categoria de quem já fez que conta.
Com o charme característico de quem já viveu do bom e do ruim.
É uma escolha que não tem a ver apenas com a idade.
Tem a ver com a maneira de enxergar o mundo.
Prefiro a mulher deslumbrante à deslumbrada.
Aquela que define o parceiro pelo faro e não pelo marketing.
Por exemplo, que prefira a mim e não ao Leonardo Di Caprio.
E eu tenho a certeza de que não estou sozinho nessa maneira de pensar. Veja o Gianechinni, por exemplo. Com tanta gatinha dando em cima, ele preferiu a Gaby. Belíssima escolha, aliás. Menino ajuizado e de bom gosto. Porque, nesses casos, não é preciso perder tempo explicando nada. A gente vai lá e ama o amor sem legenda, sem tecla SAP, sem dicionário.
O importante não é a roupa da moda, mas o beijo de entrega.
Não interessam as bobaginhas de butique, mas a maneira de abraçar.
Um olhar vale mais do que mil conversas.
Uma conversa vale por uma noite de amor.
É difícil de explicar essas sutilezas para a molecadinha.
Imaginem este dinossauro tentando dizer para a gatinha turbinada
que é preciso criar um clima, ter luz difusa e muito beijo demorado.
Não funciona, nem fazendo desenhinho. É uma questão hormonal.
Você que é mais jovem, vai entender disso no futuro.
Mulher interessante tem que ter mais de 30, sem limite de idade para continuar em forma. É aquela tiazona de quem você ri agora.
É riso histérico de novato diante de uma grande verdade da natureza.

(Maurício Cintrão/jornalista e cronista)

domingo, 28 de setembro de 2008

VISITANTE ILUSTRE


SONETO 50 FUTEBOLÍSTICO

Machismo é futebol e amor aos pés.
São machos adorando pés de macho,
e nesse mundo mágico me acho
em meio aos fãs de algum camisa dez.

Invejo os massagistas dos Pelés
nos lúdicos momentos de relaxo,
servindo-lhes de chanca e de capacho,
levando a língua ali, do chão no rés.

É lógico que um cego como eu
não pode convocar o titular
dum time brasileiro ou europeu.

Contento-me em chupar o polegar
do pé de quem ainda não venceu
sequer a mais local preliminar.

(Glauco Matoso)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"A SAGA DE UM ESCRAVO":CAPÍTULO 27

Retornamos ao castelo,já refeitos do passeio,e encontramos os Dominadores prontos,se despedindo.Beijos daqui e dali.
Domme Ninon, Inga e Margue entram no carro de Vladimir.Eu vou de motorista de Sarita e trazemos Aldréa e Ernst,conosco.
Conde Ektor e suas escravas acenam para os que se vão.
Permaneci quieto durante toda a viagem de retorno.Em compensação, Aldréa e Ernst parecem que estão vindo da Disney World.Comentam,sem parar todos os acontecimentos.
_”Doces deliciosos aqueles” diz Aldréa.”Rhina é excelente,na cozinha.” continua.
_”Eu nem tinha mais fome, para o mingau, tanto que comi dos doces” retruca Ernst.
_”Você é valente,Ernst” complementa Aldréa.
_”Paguei caro por comer você,sua tonta” ele responde e ri muito.Ela dá uma gargalhada.
_”Falem mais baixo, vocês, aí atrás.” Sarita os repreende e coloca,Wagner, para ouvirmos.
Eu “viajo” quando ouço “As Valquírias”.Forte e suave, ao mesmo tempo.Enérgica e doce, reproduz o que pensamos ser as deusas do Olimpo(embora sejam de origem escandinava).
_”Não responde nada,seu traste?”
Eu me assusto com a fúria na voz de Sarita.
_”Desculpe, Senhora.Eu estava distraído com a música.O que disse?” eu respondo,de imediato,já imaginando um castigo que está por vir.
_”Você não fez nenhum comentário,até agora,sobre o que presenciou e viveu,lá no castelo” ela retorna mais calma.
_”Foram muitas coisas estranhas e às quais não estou habituado.Não saberia atribuir juízo de valor àquilo que vi e vivi,Senhora” respondo, honestamente.
_”Lembra do nosso trato?estamos no seu adestramento.Depois de um mês ,se não quiser,não continuará” ela completa.
Ela não sabe mas, decidi acabar com isso tudo,esta noite mesmo.
Ernst se despede de nós,quando chegamos à Bonsucesso.Deixo Aldréa em Laranjeiras.
_”Pode sair junto com ela e pega um táxi p´ra ir p´ra casa.” é a ordem que recebo.
Senhora Sarita arranca com o carro,acenando p´ra mim.
Estou me sentindo etéreo ao abrir a porta do meu apartamento.O ambiente não me parece o mesmo.As impressões que me acolhiam ao entrar em casa estão dissipadas numa memória distante.Eu sei que já não sou o mesmo.
Pego-me constantemente à espera de uma ordem ou permissão.
Preparo um suco e sigo para o chuveiro.Ao mesmo tempo,deixo a banheira enchendo.Não sei porque esta compulsão de me enfiar na água,indefinidamente.
Distribuo meus sais preferidos,coloco “Don’t let me be lonely tonight “ com Eric Clapton,que, não sei porque,me parece apropriada e deixo-me relaxar na banheira.A única coisa, que me faz retornar inteiro,é o aroma da minha casa, inundada com meus perfumes, e que me produz uma sensação de aconchego como deve ter sido estar,ainda,no útero.
Depois do banho relaxante,percebo que estou faminto e,atendendo à minha ancestralidade italiana, mando buscar uma deliciosa massa com espinafre, ricota, nozes,passas e molho branco.
Minha adega é primorosa e escolho um tinto Merlot para acompanhar a refeição.

Estou absorto,rememorando os acontecimentos daquele dia,quando o telefone toca.
_”Alô”
_”Marco?” é a pergunta.
_”Sim.Quem está falando?”
_”Rebecca.Lembra de mim?”
Imediatamente lembro, da festa de sexta feira, e da companhia que paquerei por lá.
_”Olá,menina.Como vai? Como foi seu sábado?”
_”Meio murcho.Não deu praia.O dia não estava quente.”
_”Verdade,não fez um dia quente hoje”
_”Tudo certo para amanhã?” ela pergunta
_”Sim,claro.Ligo para você às dez da manhã e combinaremos tudo.Ok?”
_”Sim,ótimo.Então, aguardo sua ligação amanhã de manhã.”
Ficou algo no ar.Nem eu desliguei,nem ela.
_”Gostei de te conhecer.”ela falou.
_”Eu também,menina.Ficarei contente em te ver” respondi.
_”Então,tchau.Beijos”
_”Beijos p´ra você também,Tchau”.
Uauuuuuuuuuuuuu.Um belo programa para domingo.
Durmo o sono dos justos.
O domingo amanhece tão sem brilho quanto o sábado, anterior.Nada de sol, nada de praia.
Acordo,meio preguiçoso,faço a barba e preparo meu desjejum.
O aroma, do pão torrado, enche minhas narinas provocando uma sensação de fome maior do que a que eu já estou sentindo.O queijo derretido desenha ,no ar,fios mirabolantes.Capuccino completa o meu café da manhã.
Lembro que devo abrir minha correspondência.Há questões pendentes, no escritório, e preciso saber das novidades,se houverem.
O som do interfone interrompe o silêncio.
_”Senhor Marco.Há uma caixa para o senhor,aqui embaixo.”
_”Manda subir,”seu “ Francisco”
Uma imensa caixa embrulhada com papel roxo e laço prateado,chega pelas mãos do faxineiro.
Antes de abri-la,decido colocar um som.Dentre as óperas, que mais gosto, está La Traviata ,de Verdi.É a que eu escolho.A música invade os recantos do apartamento trazendo a sensação de leveza que esta,em especial,possui.
Intrigado com uma entrega, em pleno domingo,começo a desamarrar a fita.
Desembrulho e abro a caixa.Há uma outra um pouco menor,dentro dela.
Há ,ainda,outra,menor,dentro desta.Mais outra está dentro desta .E mais outra,somando cinco caixas.Na última,embrulhadas em papel de seda,estão um par de algemas e uma chave.


Sinto o coração acelerar.A voz,o perfume,o toque de Sarita se fazem presentes.Meus pêlos se arrepiam e um vazio se instala em meu peito.
Não é possível que ela assuma este poder sobre a minha pessoa e na minha vida. Ao mesmo tempo,em que reluto,frente aos últimos, humilhantes, acontecimentos, que odiei,uma angústia de desejo e tesão me empurram para um contato maior e mais próximo com ela.Sinto-me enfeitiçado,sem vontade de me libertar.
Ao abrir meus e-mails,lá está um, de Angelina, me convidando para um churrasco,hoje,e me lembrando que encontrarei com Rebecca por lá.
Ligo, para Rebecca, e acertamos os detalhes do nosso encontro.
Como o mundo comum parece ter mudado de cor.Olho as pessoas e as vejo nebulosas em sua alegria.Quem, ali, já viveu, ou pensa viver,as aventuras que eu experimentei,ultimamente?
Rebecca é uma mulher adorável e espirituosa.A seu lado, nada é monótono ou entediante mas,a imagem de Sarita, na sua calma arrogância e tranqüila autoridade,se superpõe embaçando aqueles agradáveis momentos.
Não posso me livrar dela.NÃO QUERO ME LIVRAR DELA.


(Castelã_SM)
continua...